Monday, October 1, 2012
Friday, February 19, 2010
{Red My Lips} Eyes Wide Shut OST
“What do you think we should do?
What do I think we should do?
Look, Mommy!
What do I think?
I don't know.
I mean, maybe....
Maybe I think...
...we should be grateful.
Grateful...
...that we've managed to
survive through all of our...
...adventures...
...whether they were real...
...or only a dream.
Are you sure of that?
Am I sure?
Only as sure as I am...
...that the reality of one night...
...let alone that of a whole lifetime...
...can ever be the whole truth.
And no dream is ever...
...just a dream.
The important thing is...
...we're awake now...
...and hopefully...
...for a long time to come.
Forever.
Forever?
Forever.
Let's not use that word. You know?
It frightens me.
But I do love you...
...and you know...
...there is something very important...
...that we need
to do as soon as possible.
What's that?
Fuck”.
- último diálogo do último filme de Stanley Kubrick
Dmitrij Šostakovič : Waltz 2 from Jazz Suite n. 2
Song for Today [#333]

Robert Smith, Good Advice
Friday, October 23, 2009
Song for Today [#251]

Hoje trago um “Song for Today” que propõe um “Movie for Tomorrow” - “The Big Chill”.
“Os Amigos de Alex”, título traduzido, é um dos filmes da minha vida, realizado por Lawrence Kasdan em 1983. É um filme que embora tenha uma excelente banda sonora muito “sixties”, tem um argumento completamente actual. Quando ouvi o clip do Youtube que vos deixo aqui hoje, perguntei-me como era possível não ter este filme na minha videoteca e não descansei enquanto não o fui comprar. Revi-o ontem mesmo e quando o acabei só me ocorreu dizer: “Growing up is about getting issues”.
“The Big Chill” é um filme sobre homens e mulheres mais ou menos da minha idade, é sobre a amizade, mas sobre aquela amizade mais forte que a distância que a separa, uma amizade mais sólida que as embirrações que a ameaçam e, principalmente, sobre o lugar-comúm das reaproximações que acontecem tantas e tantas vezes pelos motivos mais tristes. É sobre perder e ganhar, partir e voltar, rir e chorar, fugir e desejar.
Até onde consegues ir por um amigo?
Talvez te consigas superar quando chegar a altura…
Thursday, September 17, 2009
Song for Today [#226]

Saturday, July 4, 2009
Guest Box
Aceitei sem pestanejar o amável desafio do R2D2 para vos trazer aqui uma música e escrever um post. Se me foi fácil decidir qual a música que gostaria de partilhar convosco, tive mais dificuldade em descobrir em que tom escrever o post. A dificuldade com o tom talvez resulte de adorar música mas me faltar formação musical. Apenas não quero que este convite do Xuke Box se torne para todos numa decisão grave ou um choque agudo. Veremos.
Conheci a banda e canção que vos ofereço através de um filme que me marcou. Música e cinema são dois corpos com intimidade inabalável. Tal como não consigo dissociar um filme da música que o compõe, quando ouço uma música que me diz bastante, não consigo deixar de fazer o meu próprio filme dela. Creio que se pode chamar a isto "videoclip mental". Devia haver mais deles no You Tube. Eu acho.
Não é pelo brilhantismo do filme. Simplesmente vi-o no momento certo, numa fase crucial que amplificou as emoções que senti. Também mexeu comigo por ser uma pequena produção "indiependente", por ser um filme que gostava de ter sido eu a escrever, por ter momentos de simplicidade belíssima e pela presença da Natalie Portman que é sempre música para os meus olhos. Por vezes gostamos das coisas pelas razões erradas, neste caso fico feliz se assim for.
Por tudo isto, esta e uma outra canção que fazem parte do filme foram amor à primeira audição. Depois quis conhecer melhor a banda e o resultado foi ter-se tornado numa das minhas bandas americanas de eleição. Só não sei se eles são Democratas ou Republicanos. Na Wikipédia não diz.
Mas o motivo pelo qual resolvi escolher esta e não outra (tinha um punhado delas em carteira) foi há pouco tempo ter voltado a revisitar o filme. Só que desta vez aconteceu o inverso: foi a tal música que chegou a mim. De novo. E uma vez mais foram as circunstâncias especiais e até algo cinematográficas que a trouxeram. A música surgiu-me na altura exacta, a completar um momento perfeito. E foi assim que conquistou o direito de entrar directamente para a banda sonora da minha própria vida.
O filme é o Garden State, The Shins o nome da banda e a música chama-se "Kissing the Lipless". Espero que oiçam, espero que gostem e espero sobretudo que consigam realizar os vossos videoclips mentais.
Podem ouvir mais escolhas musicais de Nuno Gervásio no BLIP
Saturday, June 27, 2009
Guest Box
OST, Original Soundtrack, ou simplesmente banda sonora, é para mim, uma das melhores invenções de sempre, já que não só tem o mérito de conciliar duas das minhas grandes paixões (cinema e música) como também, permite criar uma sintonia perfeita entre um som e uma imagem, conseguindo assim, compor cenas e momentos verdadeiramente inesquecíveis. O filme Juno é um belo exemplo desse facto. Além de ser uma verdadeira pérola cinéfila que nos faz sair da sala de cinema com um sorriso bem rasgado no rosto, também provoca o impulso de correr para a Fnac mais próxima, para comprar a sua banda sonora ( na qual constam nomes como Belle & Sebastian, The Kinks, The Velvet Underground, Sonic Youth, Cat Power, entre muitos outros) e para relembrar todos aqueles momentos que ao longo do filme nos emocionaram, nos fizeram sorrir e até cantarolar em pleno cinema.
Contudo, entre tantos "gigantes" foi a voz simples, doce e suave de Kimya Dawson que me despertou uma paixão avassaladora pela autenticidade das suas melodias a que ninguém consegue ficar indiferente. As suas canções não só têm o mérito de conseguir reinventar a vida de uma forma simples e despretensiosa, como também, nos permitem entrar num mundo completamente novo.
Escolher apenas uma era uma tarefa praticamente impossível, por isso não resisti a "abusar" um pouco da amabilidade da Mariana e do R2D2 e nomear duas canções desta fantástica menina.
A primeira é a irresistível Tire Swing:
A segunda é uma amostra do seu trabalho nos The Moldy Peaches, onde fazia dupla com Adam Green, com a deliciosa Anyone Else but You:
Saturday, May 23, 2009
Guest Box

O conceito deu em ideia, a ideia deu em livro, o livro deu em filme e o filme deu em música para os nossos ouvidos.
Falo disto...

... e diga-se, em abono da verdade, que isto...

Toda a gente conhece o "Fight Club" e sabe da sua conjectura sobre o niilismo perfeito.
O que talvez pouca gente saiba é que a banda sonora do filme foi encomendada à medida pelo seu realizador, David Fincher, a aquele que eu considero um dos mais talentosos duos de música baseada em sampling.
A destruição da alma, o degredo e a insuficiência de razões justificativas para a nossa existência foram os motes fornecidos por David Fincher a Michael Simpson e John King, The Dust Brothers, para a criação de um score épico e recreativo que enleva, em crescendo e de forma evolutiva, os vários estágios da ausência de sentido das coisas e da instituição do valor iconoclasta.
Para o nosso típico filósofo depreciativo, as dezasseis faixas que compõem o álbum são a banda sonora da sua vida.
E se o nosso típico filósofo depreciativo pudesse aqui manifestar a sua opinião, ele dir-nos-ia para colocarmos a ética e a moral de lado, agarrarmos na verdade social e no valor tradicional, colocarmos ambos no bolso ao pé das chaves de casa, fecharmos os olhos aos princípios e ao rigor e abalarmos o nosso mundo ao som de trechos como este:
The Dust Brothers – What is Fight Club?
Após uma primeira escuta, a ilação primaz é uma e uma só: de bonito, esta banda sonora tem apenas a genialidade impressa na sua composição.
De resto, é um deprimente tratado melódico e um hino à desfaçatez da condição humana.
E a nossa condição humana, essa, é apenas parte do nosso legado de imperfeição de uma Natureza que nos quer mostrar que, para perfeita, basta-lhe ela.
Pois nós não somos especiais.
Não somos um lindo e único floco de neve.
Nós somos, isso sim, feitos da mesma matéria orgânica que tudo o resto.
Mais uma para o caminho:
The Dust Brothers – Stealing Fat