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Monday, July 20, 2009

Song for Today [#203]


Segunda-Feira de manhã e a vontade de sair de casa para ir trabalhar é nula. Vale-me a viagem até lá, que é feita à beira mar, sempre com a música bem alta para aproveitar bem os 20 minutos de percurso. Hoje ia tendo um colapso quando ouço a Inês Menezes, na Radar, anunciar Dirty Robot dos Lemonheads com Kate Moss. Confesso que depois da desilusão do concerto destes meninos, ainda não tinha tido a coragem nem a curiosidade de explorar o novo álbum de covers - Varshons. Depois de hoje e de ouvir esta música mal posso esperar por ouvi-lo todo, mas não pelas melhores razões. Kate Moss?! Enquanto ouvia a música ocorreu-me que nem nunca a tinha ouvido falar sequer e eles convidam-na para cantar?! Cantores improváveis ok, mas parece-me ser o desespero a falar mais alto, numa tentativa desesperada de chamar a atenção. E desde quando é que Lemonheads são electrónicos e usam distorção de vozes? Ensandeceram? Será a crise da meia idade a atingir o Evan Dando? Ainda não consegui digerir este estrondo e confesso que tenho um pouco de medo de ouvir o álbum inteiro...

Lemonheads feat. Kate Moss, Dirty Robot

Monday, October 27, 2008

Been There, Done That

The Lemonheads - 24/10/2008, Santiago Alquimista

Não há muito para dizer deste concerto que, à partida, já não se esperava nada de especial! Ora nada de especial torna-se um eufemismo para disfarçar a grande desilusão que foi ver estes senhores em palco. Santiago Alquimista prometia um concerto intimista que, por definição tem pouca gente, muito contacto entre a banda e o público criando um ambiente acolhedor, mas o que aconteceu, na verdade, foi um concerto sem alma, sem feeling, com mau som e um público descontente com a prestação desta banda.

Um Evan Dando decadente, com pouca voz, a cantar fora de ritmo e numa atitude vá-lá-tenho-que-despachar-isto-rapidamente-tenho-mais-que-fazer desiludiu e em nada encantou os fãs que, como eu, esperaram muitos anos para o ver. É o protótipo do old-school típico do rock alternativo dos anos 90 sem tirar, nem por - desgrenhado, mal pronto, cigarro ao canto da boca e uns olhinhos que denunciam um estado avançado de transposição para o outro lado. Lá nisso há que lhe tirar o chapéu, porque continua original, só um pouco mais velho e caído!

Mas o problema é que eu ja não tenho 14 anos e já não acho piada ir a um concerto para ver um mau espectáculo. O exemplo flagrante foi a interpretação do tema "Ride with Me", uma balada de partir o coração, foi cantada ao dobro da velocidade normal e sem qualquer sentimento, coisa que ele ainda tinha no antigamente, segundo registos VHS que ainda guardo religiosamente. Desconstruiu toda a imagem que eu tinha daquele momento ao vivo!

Conseguiu balbuciar que passou férias em Portugal quando era mais novo (porque é que não avisou antes?) e ainda cuspir umas palavras em português até que disse "oh, this is brazilian..."! Estaria ele a achar que nós não percebemos o brasileiro? Nós não entendemos é o que tu dizes, ponto final. Teve a ousadia de abanadonar o palco sem cantar o It's about time, o Being Around e o Mrs. Robinson, mas cantou o Big Gay Heart (oh, alegria!). It's a shame about The Lemonheads...

Enfim, este foi talvez o relato que mais me custou fazer, mas fiz o que tinha de fazer. Fui ver e comprovar com os meus próprios olhos que ver concertos de bandas que foram de alguma maneira importantes para nós, fora de tempo e contexto, não funciona. O sentimento pode lá estar, mas a alma ficou lá bem atrás no tempo e é impossível vivê-lo como o viveriamos no passado.

Wednesday, October 15, 2008

On-Going

Dia 24 de Outubro, vamos ver os Lemonheads ao Santiago Alquimista!


Ora, se eu recuar a 1994 (mais ou menos) lembro-me de ter quase os meus 15 anos, adorar Guns N'Roses e Pearl Jam e começar a descobrir, por mim, algumas bandas. Os Lemonheads foram uma dessas. A primeira música que me lembro de ouvir foi o Into your Arms, na rádio e adorei. Deseperei um pouco até saber quem a cantava porque naquela altura ainda não tinha internet e a coisa não era fácil. Lá consegui saber que eram estes meninos que a cantavam e felizmente a minha mãe viajava muito, por isso na viagem a seguir lá me trouxe a discografia existente até ao momento dos Lemonheads. It's a Shame about Ray e Come on Feel tocavam em repeat e quase em loop non stop no meu quarto, até ali forrado a posters do Axl Rose!

A banda não é nada de especial, a música é simples e o Evan Dando, para além de giro, muito giro, não é um intérpete ou músico de grande destaque. O facto é que as músicas são melodiosas, as letras são, na sua maioria, estúpidas - sempre me indignou o "Big Gay Heart"! - mas são canções curtas, bem dispostas ou tristes bonitas e a voz dele é, de certa maneira, envolvente. O Car, Button, Cloth foi o princípio do fim dos Lemonheads como os conhecíamos e já pouco se aproveitava desse albúm - diz que a droga não faz bem a ninguém! Entre 1998 e 2006 desapareceram. O Evan Dando ainda fez uma incursões a solo, gravou dois discos, mas nada de destaque. Em 2006 ressuscitam mas com novos membros à excepção do vocalista e editaram The Lemonheads e agora para além de andarem em concertos pelo mundo, diz que vão lançar em 2009 um álbum de covers. Uma maneira de arrebitar a banda e tentar a sorte que tivereram com o estrondoso êxito com a cover do Mrs. Robinson.

Eu nunca os vi ao vivo e, por serem uma banda da minha adolescência, estou ansiosa! Sei que não será um grande concerto, mas poder revisitar recordações de adolescência num concerto ao vivo, saber as letras todas de cor e voltar a ter 14 anos por um par de horas não deixa de ser revigorante! Uma das músicas que espero ouvir nessa noite é esta e eu vou cantar muito melhor que estes espectadores, believe me!

The Lemonheads, Being Around (ao vivo)
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