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Wednesday, July 11, 2012

SBSR

Passada quase uma semana, e porque assim por vezes os compromissos o obrigam, só agora vos falo do segundo (grande) dia do SBSR de 2012. Sem me estender para lá do estritamente essencial, 6a-feira foi o dia em que o "barulho" venceu a apatia. Refiro-me, obviamente, a Rapture e a Horrors. Duas grandes bandas, um tanto paralelas em relação ao restante cartaz, que fizeram muito mais do que lhes foi solicitado. O pouco público reconfirmou-se e o espaço para podermos fruir de ambas mostrou-se generoso. E ainda bem. Foram concertos poderosos, consistentes e muito familiares. Os Rapture não se esqueceram do seu primeiro álbum, aquele que os definiu como a banda que hoje são. Os Horrors também incluíram o seu último álbum, amaciando o público para depois atacarem os mais inexperientes com os seus riffs demolidores. Pena foi que a tenda electrónica não tenha rematado em dobro a energia precedida. Para o ano há mais...

Friday, July 6, 2012

SBSR

O dia de ontem fica marcado essencialmente por um grande nome da música actual: Natasha Khan. Bom, em rigor, para fazer justiça à grandeza da doutrina musical, são dois nomes; Natasha Khan e Stephanie Lynn, mais conhecida como Stevie Nicks. Não restaram dúvidas, no final do concerto de Bat For Lashes, que a inglesa é muito afinada e entrega-se à tarefa de nos dar a ouvir, ao vivo (mas é como se fosse em casa), as canções dos dois discos já lançados. Mesmo os temas do novo álbum, que está agendado para 15 de Outubro, não provocaram qualquer tipo de estranheza ou incómodo. As pessoas dançaram, cantaram e sobretudo, renderam-se ao brilho da voz de Natasha Khan. Acertadamente, ouve poucos improvisos, o que para as músicas de Bat For Lashes casa na perfeição- elas por si são já riquíssimas. E agora a Stevie Nicks. Pode-vos parecer um tanto absurdo eu estar-vos a falar da vocalista dos Fleetwood Mac. Pois é, mas para quem esteve atento ao concerto dos Hot Chip, de certo que se apercebeu que misturada com o final de "Old On" começamos a perceber que se tratava de "Everywhere". Genial! Pela escolha, pela simbologia do tema e pela interpretação. Talvez muitos fossem os que escutaram aquele hino sem saberem sequer do que se tratava. - Olha, se calhar é uma do álbum novo. Ainda não ouvi bem. Mas ouve outros que pararam momentaneamente, no espaço, para perceber que sim, a grandeza da música está em todo o lado...

Sunday, July 19, 2009

Been There, Done That


SBSR 09 Acto II - 18 de Julho 2009
Há muito que o estádio dos Belenenses não era palco para um grande concerto, mas o período de carência chegou ontem ao fim. Talvez a escolha de um estádio para a realização de um festival não tenha sido a melhor, não pelos concertos, porque acho que para isso é muito bom, já lá vi dos melhores concertos de grande dimensão, mas o pior é o circo montado num festival. O estádio acaba por se tornar pequeno para barracas de comida, cerveja, patrocinadores e diversões várias... E este ano isso foi notório na falta de condições para dar de comer a toda a gente que lá estava. As filas intermináveis para comer mataram alguns de fome e levaram outros ao desespero. Mas vamos aos concertos que é o que interessa.
18h e o estádio ainda estava a meio gás para ver os Walkmen. Depois de um concerto brilhante no Teatro Tivoli o ano passado, reportado aqui, voltam a Portugal para um ambiente que não é o deles. O intimismo mesmo nas músicas mais iradas perde-se num festival e num estádio. À semelhança de uns National,estão longe de ser uma banda de estádio, é notória a falta de à vontade dos músicos perante um público que não está ali para os ver a eles. O pouco público que assistia conhecia os singles mais conhecidos como In the New Year ou The Rat, mas de resto os Walkmen funcionavam mais como música ambiente num estádio ainda por encher.

Seguiu-se Brandi Carlile que, gostos à parte, se mostrou muito simpática e uma ferverosa fã do nosso país. O público já se começava a condensar à volta do palco e parece que esta americana já conquistou muitos portugueses, porque já se ouviam vozes a cantarolar outras músicas para além do The Story. Ainda teve tempo para fazer umas covers de Creep dos Radiohead, Folsom Prison Blues de Johny Cash e Hallelujah de Leonard Cohen. Menos mau, menos tempo para ouvirmos as próprias músicas dela...
O dia já escurecia e os suecos Mando Diao atacaram o palco e puseram o público a mexer com o seu rock melódico. Por esta altura as pessoas já só pensavam em comer para estarem prontos para Duffy e Killers e as filas de espera foram as piores inimigas da banda, roubando o público ao palco. A banda despediu-se enquanto dedicava uma música a Michael Jackson.

Sobre a Duffy não me vou pronunciar porque não a vi. Por essa altura começava o meu momento alto da noite... Enquanto a Duffy aborrecia o público eu fui conhecer os Killers aos bastidores. A adolescente desceu em mim e lá fui eu de caneta e livrinho do Day and Age na mão pronta para dar uma beijoca ao Brandon Flowers e resto da banda. Não tive direito a beijinho mas houve tempo para um aperto de mão e uma fotografia de grupo, com o resto das fãs que também lá estavam. Escassos minutos para lhe dar as boas vindas a Portugal e agradecer a presença por cá, sempre num tom apressado induzido pela manager que lhes dizia "we got to go". Numa atitude meio envergonhada e típica de vedeta lá foram eles para entrar em palco minutos depois.




Voltei para o recinto não histérica, mas ansiosa por vê-los outra vez ao vivo. E assim foi... contagem decrescente para Human que, à semelhança do que tinha acontecido em Barcelona, abriu em apoteose o concerto da noite. O palco estava mais despido de decoração do que em Barcelona, o alinhamento foi parecido, mas o espírito, esse foi bem diferente. Notei que o contacto com público foi muito mais e melhor, o que só prova que os portugueses continuam a saber receber os seus ídolos e os Killers sentiram isso. Pediram desculpa por terem demorado tanto a vir cá e o momento mais vibrante foi durante Spaceman que levou a multidão ao rubro. Tanto que até tivemos direito a bis... o que ao primeiro impacto pareceu uma falha, tornou-se o êxtase da actuação com o público a cantar bem mais alto que Brandon Flowers, que aparentemente estava com alguns problemas na voz.

O Mr. Brightside foi outro ponto alto da noite e ao fim de Read my Mind já se ouvia o início potente desta que foi o primeiro hit dos Killers. O jogo alucinante de luzes e vídeo ajudava à festa e mais uma vez se comprovou que esta banda soa ainda melhor ao vivo do que em qualquer aparelhagem potente. Depois de All These Things That I've Done o palco ficou escuro e já se tentava adivinhar qual seria a primeira música do encore. Apostei em Bones, tal como tinha acontecido em Barcelona, mas perdi e este foi o momento em que os Killers me desapontaram. I Can't Stay não foi uma boa escolha para o regresso e Bones foi a grande ausência da noite... O resto foi igual a acabar com When We Were Young debaixo de chuva de fogo e acompanhado por uma histeria total. Flowers despediu-se, agradeceu em português e prometeu voltar em breve.

Balanço muito positivo para esta primeira actuação dos Killers em Portugal e o consenso de um concerto brutal era geral. Mesmo os mais críticos e virtuosos que deixaram de gostar de Killers depois de Hot Fuss não puderam deixar de concordar que, ao vivo esta banda deixar qualquer um sem palavras!

Este foi o alinhamento:
1. Human
2. This is Your Life
3. Somebody Told Me
4. For Reasons Unknown
5. World We Live In
6. Joyride
7. Bling (Confessions of a King)
8. Shadowplay
9. Smile Like You Mean It
10. Losing Touch
11. Spaceman (x2)
12. Dustland Fairytle
13. Read My Mind
14. Mr. Brightside
15. All These Things That I've Done
16. I Can't Stay
17. Jenny Was a Friend of Mine
18. When We Were Young
Esperemos que voltem em nome individual. Nós lá estaremos mais uma vez para vibrar com o espectáculo.

The Killers, All These Things That I've Done (Live at Coachella 2009)


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