O mundo ficou em choque ontem à noite. Por muito débil que fosse Michael Jackson, ninguém estava preparado para o ver desaparecer assim tão repentinamente. Dei-me conta que, mais tarde ou mais cedo, os ídolos se vão apagando e que essa é lei natural das coisas. Quando tinha 13 anos o Kurt Cobain era um dos meus grandes ídolos da altura e morreu 2 meses depois de eu o ter visto ao vivo. Quando soube, paralisei e incrédula pensei que não era possível ele ter desaparecido para todo o sempre. Era inevitável, assim foi. Mas não despareceu para mim, fez parte do meu crescimento e marcou-me irremediavelmente.
Ontem, quando recebi a notícia do Michael Jackson não fiquei tão aterrorizada como quando tinha 13 anos, mas não deixei de me arrepiar e, simultaneamente realizar que ainda vou ter esta sensação de estranheza muito mais vezes durante a vida. Não os conhecemos, não nos são nada, mas são ícones, são maiores que a própria imagem, chegam a todos os cantos do mundo e não há ninguém que não os conheça. Refiro-me, por exemplo a Madonna que ocupa o lugar de Rainha da Pop e alguns outros que vai custar ver partir um dia (Stevie Wonder, Mick Jagger, Bono...) por serem muito mais que pessoas de carne osso, são autênticas lendas que durarão eternamente.
A música pop não ficou mais pobre desde ontem, está de luto porque perdeu o seu Rei, mas o contributo de Jacko vai durar para sempre e será impossível dissociar pop de Michael Jackson. O legado é gigante demais para morrer de ataque de coração ou para, simplesmente desaparecer. Honremos os nossos ídolos e não os deixemos cair em esqucimento. Strike a pose...
He had style, He had grace, He invented Moonwalk, He is Michael!
Madonna, Vogue
2 comments:
Não esquecer o desaparecimento prematuro de Ian Curtis...
E como será quando Robert Smith se for?E David Bowie?Lou Reed?Leonard Cohen?John Cale?...Peter Murphy?...
Eu cá fiquei triste e não preciso de ter dizer porquê....
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