Monday, December 8, 2008

Been There, Done That

Super Bock em Stock, 2 e 3 Dezembro 2008, Lisboa
Dia 3 Dezembro 2008
A expedição pela Avenida da Liberdade começou no cinema São Jorge, na sala 1 para ver a Ladyhawke. Sala preenchida, um público meio amorfo, sentado e sem grande incentivo por parte da protagonista para se levantar e gozar do concerto. Digamos que atingiu os mínimos e foi só porque fez um dos que achamos ser o álbum do ano! O som estava muito bom e ajudou a criar o impacto que faltou na presença em palco de Ladyhawke. Na última música foi sair a correr para o Tivoli, para guardar um lugar para Santogold. Ainda deu tempo para acabar de ver José James que nos presenteou com um belo momento R&B-blues-hiphop-jazzístico, uma bela combinação de sons para uma das salas mais bonitas do país. A sala encheu-se para o grande nome da noite - Santogold, que foi precedida de uma introdução do seu DJ que se encarregou de aquecer a malta para um grande concerto. Apresentou-se num palco despido de instumentos, acompanhada apenas por DJ e 2 dançarinas robóticas que aparentavam 14 anos de idade! É notória a experiência de palco de outras andanças, porque mesmo num palco "quase" vazio não se atrapalha e pôs toda a sala a mexer. Ofereceu-nos novas roupagens para alguns temas, nomeadamente para Lights Out, o que me deixou particularmente lixada, porque era mesmo o que queria ouvir! Houve tempo para um mini-discurso político, uma versão de Guns of Brixton dos Clash e ainda preencher o vazio do palco, chamando o público para dançar com ela lá em cima! Fim do concerto da noite e ficou a sensação que o valor bilhete já tinha valido a pena. A pouca vontade de voltar para casa ainda me levou ao Maxime para ver um pouco de El Perro del Mar, mas a multidão impediu-me e fui espreitar Tanya Stephens que tocava no Variedades, que lucrou com a enchente do Maxime. Reggae puro e duro, soa sempre ao mesmo, a única diferença que se destaca é o visual da vocalista que é mais R&B/Hip-Hop do que propriamente reggae! Última tentativa para entrar no Maxime e ainda deu para vislumbrar 2 ou 3 músicas de El Perro del Mar que foi uma óptima forma de adormecer qualquer um. Very depressing! Ála que se faz tarde e o dia a seguir também prometia.
Dia 4 de Dezembro de 2008
Primeira paragem foi o Variedades e Lykke Li, querida, surpreendeste-me à séria. Carinha laroca, com ar inocente?! No way, esta rapariga tem grande presença em palco, com muita energia a soltar, muita raiva acumulada e descarregada nos pratos da bateria. Mais uma vez, o som estava ao seu mais alto nével, se bem que o Variedades não seja virtuoso em termos de acústica. Mas ainda assim, não tirou encanto a esta sueca que teve como convidada a El Perro del Mar, para o momento mais calmo da sua actuação! Rápido pulo até ao Maxime para ver um pouco dos The Profilers, banda portuguesa que venceu o Super Bock Super Rock Preload este ano e uma surpresa agradável. Swing, cabaret, blues e can-can, sons quentes acompanhados por um vozeirão femenino. Uma banda a acompanhar e que lança o primeiro álbum em Janeiro. Daí rumei para aquele que foi o concerto do festival para mim - The Walkmen. Já os conhecia mas são daquelas bandas que se mostram e revelam verdadeiramente ao vivo. O som orquestral ganha vida e faz vibrar e uma boa presença agarra a tenção. Mostraram novos temas do recente álbum You & Me e revisitaram alguns dos antigos, num concerto memorável. Para mim, assemelham-se um pouco aos The National, que também gosto muito! Ganharam mais uma fã nesta noite e esqueçam aquilo que mencionei na antevisão em relação ao medo de serem deprimentes. Longe, muito longe disso. Claro que não consegui sair de lá para espreitar os Deolinda, mas tenho a certeza que não me arrependo. X-Wife foi impossível ver, porque o Variedades estava prestes a cair, por isso pulo final ao Maxime para os Stereo Addiction, que não me convenceram. Musiquinha comercial sem novidades.
Notas e considerações finais:
- Um cartaz interessante, alternativo, mas que nos permite conhecer algumas bandas que de outra maneira não seria possível. Não achei o bilhete caro. A altura do ano é que, se calhar, não foi a melhor porque as prioridades são outras.
- Uma óptima solução para dar vida à avenida da Liberdade e às salas do São Jorge que se assemelham a uma Aula Magna em teroms de som e Variedades que, apesar de estar um pouco degradada, cria movimento no Parque Mayer, que mete dó de tão degrado que está e é um pena.
- Só não percebi porque não havia barraquinhas da Super Bock na rua. O stock de música foi bom, mas o de cerveja deixou muito a desejar. Deve ter sido o medo da chuva!
- Saldo positivo e fico à espera de segunda edição em 2009.

Santogold, Say Aha

3 comments:

a gaija trendy said...

Oi, sinceramente penso que o preço do bilhete deveria ser um pouco mais acessível (de stock o preço não teve nada!), ou então este festival deveria acontecer noutra altura do ano...The Walkmen foi muito bom, mas para mim o melhor foi mesmo Santogold, opiniões ;). De qualquer forma. o balanço que faço do festival é bastante positivo.

bjs

ANÓNIMO said...

Confirmo tudo. Estive lá com a Alminha e foi mesmo assim.
Embora haja muita gente q não me tenha visto bem...

R2D2 said...

Caro e estimado Anónimo,
É com prazer que vejo que já tens um rosto. Bem... "rosto" não é palavra bem escolhida...
De muito bom gosto rapaz! Mas outra coisa não seria de esperar.
Bem vindo!

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