Wednesday, August 18, 2010

Cartas do Anónimo


A sensibilidade à repetição pode, e deve ser selectiva. A repetição de um movimento. De uma frase ou de um som. O movimento pendular de um baloiço que chia constante e precisamente na mesma dobra. O trespasse das travessas das linhas pelas rodas do comboio carregadas de ferro. A rotação repetitiva das pás de um gerador eólico em dias de vento certo. O prazer da repetição pela adição. Sem fim. Porque ninguém passa bem sem aquilo que mais gosta. E se gosta é porque precisa. O que é bom repete-se. E se não se repete, das duas uma: ou porque já se acabou, ou então porque já não é bom. Quantas vezes mais vou eu ouvir esta música? Quantas?..

The Glass, Green Leaves

2 comments:

Unknown said...

Granda som!!!!

é um bom álbum, ou só vale por esta musica?

ANÓNIMO said...

Não é um álbum homogéneo. Tem outros temas, mais dançáveis, que não são de deitar fora.

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