Lisboa, 05:34 AM
Estou a meio de uma insónia. As insónias são como os coitos interrompidos. Acordamos a meio da noite com a sensação de que o dia já vai a meio. Olhos vermelhos e corpo desencontrado. Náusea é a melhor expressão. Quase como se fossemos a meio de uma viagem bem planeada e a estrada acaba repentina, sem grandes explicações. Somos os únicos conscientes. O resto do prédio sonha em silêncio. É um mal que vem do pensar muito. Ou porque queremos muito uma coisa que teima em se tornar realidade. Mais ou menos como os miúdos quando fazem birra e mesmo impregnados de sono insistem em punir os pais com lamentos chorados. Poucas são as soluções para o desobedecimento do corpo. Resta-me esperar até que as cortinas voltem a cair e os pensamentos desmaiem com o peso do cansaço. Se ao menos estivesse em Nova York…
Estou a meio de uma insónia. As insónias são como os coitos interrompidos. Acordamos a meio da noite com a sensação de que o dia já vai a meio. Olhos vermelhos e corpo desencontrado. Náusea é a melhor expressão. Quase como se fossemos a meio de uma viagem bem planeada e a estrada acaba repentina, sem grandes explicações. Somos os únicos conscientes. O resto do prédio sonha em silêncio. É um mal que vem do pensar muito. Ou porque queremos muito uma coisa que teima em se tornar realidade. Mais ou menos como os miúdos quando fazem birra e mesmo impregnados de sono insistem em punir os pais com lamentos chorados. Poucas são as soluções para o desobedecimento do corpo. Resta-me esperar até que as cortinas voltem a cair e os pensamentos desmaiem com o peso do cansaço. Se ao menos estivesse em Nova York…
Richard Swift, The Novelist
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