Quando falamos os dois constroem-se três mundos: o que desenhas para ti, o que eu desenho para mim e o que na realidade se desenha para nós. E assim se arquitecta a complexidade das nossas vidas, num esquiço de perguntas sérias com respostas parvas, perguntas parvas que dão lugar a respostas sérias e que (como não?) resultam num monte de verdades confusas de tão aparvalhadamente sérias que são. É a anedota do entendimento das coisas, irónica, sarcástica… Sim, a certa altura encosta-te à parede e faz-te sentir desamparada, com a ideia de que assim não há forma de entender “realmente” algo, não é? Não desesperes, eu digo-te o que faço… Nesses momentos, como que tomado por um raio de luz, apanhado pela mão da genialidade, faço a única coisa que realmente há a fazer – oiço um bom disco.
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All Jarreau, Take Five
2 comments:
É isso miúdo! Texto giro que se farta. Já tinha saudades disto!
Muito bom :):)
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