Há vezes em que é sempre de noite. Há outras em que é o dia que manda. Hoje, dia de sol rasteiro, nuvens no Báltico bem para lá da margem, dei por mim a rir-me no meio da rua (a rua que eu tanto amo). Não fui capaz de disfarçar a alegria de descobrir mais um sítio do mundo. Não resisti a dar uma gargalhada desaustinada de conquista. Ninguém olhou para mim. Todos aceitaram a realização de mais um descobridor. Continuaram pacíficos, a pé, trauteando palavras cantadas não mais que murmuradas. São 23:04 e esta terra ainda tem luz. Uma luz ténue, uma claridade meiga acompanhada por suspiros de aves vadias. Parece outro planeta, parece outra matéria. Parece que os relógios não são para aqui chamados. É o tempo esticado em horas maiores, sem lógica nem compasso. Antes de ir ao jardim, sentir o frio do ocaso, a estranha penumbra nesta curva de terra, oiço a música de um finlandês. De alguém que sabe compor a simbólica eternidade árctica. Falar do gelo que brilha ao sol e nunca derrete…
7 comments:
bem escolhido!
Grande Anónimo!
Sabes que adoro Helsínquia e sabes que curto muito esse tema, não sabes rapaz?
Aquele abraço
Escolhi este tema também a pensar nas nossas noites em São Plácido caro R2D2... Aquele apertado!
Quem és tu anónimo? Porque Anónimo só há um! Revela a tua identidade!!!
=]
Tenho de vir aqui mais vezes e ouvir mais a vossa música :)
querem mesmo revelar o teor dessas noites quentes em São Plácido por aqui?!?
Excelentíssima e querida Antígona é sempre um prazer tê-la por cá!Um beijinho**
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