O conceito deu em ideia, a ideia deu em livro, o livro deu em filme e o filme deu em música para os nossos ouvidos.
Falo disto...
... e diga-se, em abono da verdade, que isto...
... dispensa apresentações.
Toda a gente conhece o "Fight Club" e sabe da sua conjectura sobre o niilismo perfeito.
O que talvez pouca gente saiba é que a banda sonora do filme foi encomendada à medida pelo seu realizador, David Fincher, a aquele que eu considero um dos mais talentosos duos de música baseada em sampling.
A destruição da alma, o degredo e a insuficiência de razões justificativas para a nossa existência foram os motes fornecidos por David Fincher a Michael Simpson e John King, The Dust Brothers, para a criação de um score épico e recreativo que enleva, em crescendo e de forma evolutiva, os vários estágios da ausência de sentido das coisas e da instituição do valor iconoclasta.
Para o nosso típico filósofo depreciativo, as dezasseis faixas que compõem o álbum são a banda sonora da sua vida.
E se o nosso típico filósofo depreciativo pudesse aqui manifestar a sua opinião, ele dir-nos-ia para colocarmos a ética e a moral de lado, agarrarmos na verdade social e no valor tradicional, colocarmos ambos no bolso ao pé das chaves de casa, fecharmos os olhos aos princípios e ao rigor e abalarmos o nosso mundo ao som de trechos como este:
The Dust Brothers – What is Fight Club?
Após uma primeira escuta, a ilação primaz é uma e uma só: de bonito, esta banda sonora tem apenas a genialidade impressa na sua composição.
De resto, é um deprimente tratado melódico e um hino à desfaçatez da condição humana.
E a nossa condição humana, essa, é apenas parte do nosso legado de imperfeição de uma Natureza que nos quer mostrar que, para perfeita, basta-lhe ela.
Pois nós não somos especiais.
Não somos um lindo e único floco de neve.
Nós somos, isso sim, feitos da mesma matéria orgânica que tudo o resto.
Mais uma para o caminho:
The Dust Brothers – Stealing Fat
Toda a gente conhece o "Fight Club" e sabe da sua conjectura sobre o niilismo perfeito.
O que talvez pouca gente saiba é que a banda sonora do filme foi encomendada à medida pelo seu realizador, David Fincher, a aquele que eu considero um dos mais talentosos duos de música baseada em sampling.
A destruição da alma, o degredo e a insuficiência de razões justificativas para a nossa existência foram os motes fornecidos por David Fincher a Michael Simpson e John King, The Dust Brothers, para a criação de um score épico e recreativo que enleva, em crescendo e de forma evolutiva, os vários estágios da ausência de sentido das coisas e da instituição do valor iconoclasta.
Para o nosso típico filósofo depreciativo, as dezasseis faixas que compõem o álbum são a banda sonora da sua vida.
E se o nosso típico filósofo depreciativo pudesse aqui manifestar a sua opinião, ele dir-nos-ia para colocarmos a ética e a moral de lado, agarrarmos na verdade social e no valor tradicional, colocarmos ambos no bolso ao pé das chaves de casa, fecharmos os olhos aos princípios e ao rigor e abalarmos o nosso mundo ao som de trechos como este:
The Dust Brothers – What is Fight Club?
Após uma primeira escuta, a ilação primaz é uma e uma só: de bonito, esta banda sonora tem apenas a genialidade impressa na sua composição.
De resto, é um deprimente tratado melódico e um hino à desfaçatez da condição humana.
E a nossa condição humana, essa, é apenas parte do nosso legado de imperfeição de uma Natureza que nos quer mostrar que, para perfeita, basta-lhe ela.
Pois nós não somos especiais.
Não somos um lindo e único floco de neve.
Nós somos, isso sim, feitos da mesma matéria orgânica que tudo o resto.
Mais uma para o caminho:
The Dust Brothers – Stealing Fat
5 comments:
"só tenho a dizer que foi uma excelente escolha!"
Grande Grassa,
Muito bem vindo. Uma boa escolha e um bom texto. Espero ter-te por cá mais vezes a dizer cenas e quê, principalmente e quê
Em momentos de angústia ou de dúvida pergunto-me sempre: "What would Tyler Durden do?"
Grassa, tu estás lá!
Ao contrário do R2D2, espero mais cenas tuas e quê, principalmente cenas :)
Anatcat, tu estás cá!
Sabe que gosto de a ter por cá a comentar, não sabe?
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