Na segunda-feira ligaram-me da loja de discos. O álbum que encomendara há três semanas tinha finalmente chegado. Nesse dia e no seguinte, não consegui sair do trabalho antes da hora de fecho da loja, mas de quarta-feira não podia passar. E assim foi.
Eram 19h45 quando entrei. Quinze minutos antes de fechar. Tempo mais que suficiente para chegar ao balcão, e efectuar a tão aguardada compra.
Com a noite prestes a cair, decidi aproveitar os cerca de vinte graus que se faziam sentir, e liguei a dois amigos para me fazerem companhia.
De disco na mão, entrei no bar do costume, pedi um copo de vinho tinto e sentei-me à espera deles, na mesa encostada à janela. Não tardou até que chegasse o J… e pouco depois a P.
Entre pedidos ao empregado, sugeri que pusesse o meu disco a tocar… e ele aceitou.
Foi então que a voz de Chris Garneau se começou a ouvir, acompanhada pelo som do piano. ‘Music for tourists’ é o nome do álbum de estreia deste cantor nascido em Boston, e que dá assim os primeiros passos numa carreira que se perspectiva duradoura.
É um álbum simples, delicado e cuidado. Exuberância não é, de todo, uma característica de Chris Garneau, que talvez peque por parecer demasiado frágil à medida que as faixas vão passando.
Entretanto, na mesa, a conversa flúi ao ritmo do vinho, e o álbum aproxima-se do fim. A terminar, Chris canta ‘Between the bars’, um original de Elliot Smith, e lá mais para trás ficou ‘Relief’, o single de apresentação.
Despeço-me dos meus amigos, e dirijo-me ao carro. Lá dentro, introduzo o álbum no leitor, e salto algumas faixas até chegar à número 6. ‘Baby’s romance’, a minha música de eleição.
E depois dos amigos, da música e do vinho, há muito que o regresso a casa não me sabia tão bem.
Chris Garneau, Baby's Romance
6 comments:
Viciada número um e a culpa é tua!!
guilty as charged :)
já tinha ficado convencida quando referiram que incluía um cover da "between the bars" mas, depois de ouvir...WOW:) Adorei!!
Um boa escolha, senhor Penim, uma boa escolha.
E a honra é toda nossa. E a música é de todos. E eu vou alí e já venho. E tal.
Oh pah ... Também me rendi a esta "fragilidade" quando o ouvi pela primeira vez. Ainda só tenho a versão digital, infelizmente :s
bahhhhhhhh... que deprimente, man. Ahahahah mentirinha. Era só para irritar o Penim.
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